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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eus

9 horas. UERJ. 11o andar. Biblioteca. Iniciei o dia com estas palavras: "O homem é consciência-de-si. É consciente de si, consciente de sua realidade e de sua dignidade humanas. É nisso que difere essencialmente do animal, que não ultrapassa o nível do simples sentimento de si. O homem toma consciência de si no momento em que - pela primeira vez - diz: 'Eu'. Compreender o homem pela compreensão de sua origem é, portanto, compreender a origem do Eu revelado pela palavra." Primeiro parágrafo de Introdução à leitura de Hegel, do Alexandre Kojève. Assim iniciei meu dia, como dizia. Pensando em consciência de si, desejo, reconhecimento, luta de morte em vista de reconhecimento, dominação, sujeição, trabalho, dialética, verdade é que gastei 90 minutos de minha manhã. Pergunto: que reconhecimento busco ao escrever um diário virtual? Por que o meu diário deixou de ser secreto para vir exibir-se aqui? Que eu diz eu no blog?
10:30h. Entro na aula do Roberto Acízelo. Discutimos um texto de Vico, uma primeira contribuição para o que viria a ser chamado de estética. Precisei fazer uma coisa que não me agrada muito - saí antes do término da aula. Ok, eu sou caxias, cdf ou algo parecido, mas dificilmente saio antes do fim ou chego atrasado. Mas hoje eu saí mais cedo. Não me reconheceria não fosse um motivo mais do que justo.
13 horas. Início das comemorações do sexto aniversário de minha princesinha mais velha, mas esse eu não cabe aqui. Para esse eu não há palavra, só silêncio.

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