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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Poame Palestina

Disseram ser impossível
haver poesia
após a barbárie
de Auschwitz.

Mas ela sobreviveu
teimou
renasceu
renovou
floresceu

e presentificou-se

mirando o porvir.

Exausta do mundo
ela cria o seu próprio

estético
doído
belo
cansado

interrogativo
surpreso

Em estado de choque.

Condolente com o homem
a poesia resistente
versa os reveses da vida

porém com autonomia
uma espécie de emancipação da barbaridade de teóricos                                                            bombas
                                             críticos

                                             guerras       

Enfim,
liberdade da raça humana.

Poesia tão-somente.

A poesia é.

E poeticamente (possível?) coabita a Palestina.

Implacável e incansável,
tenta exterminar a poesia
o homem.

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