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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Da (difícil) arte de usar (poucas) palavras (certas)

- Sou professor, poeta, escritor.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

terça-feira, 21 de abril de 2015

DE PRINCESAS E DE SAPOS

Coçava o grelo
com um cigarro na boca
numa manhã cinza.

Coçava o grelo
com tédio e displicência
numa tarde à toa.

Coçava o grelo
com força e aspereza
numa noite suja.

Coçava o grelo
com vontade e tesão
numa madrugada.

A linda princesa
desencantou-se com príncipes
e deu para o sapo.

terça-feira, 14 de abril de 2015

O Rio de Janeiro perpetua o crime
O Rio de Janeiro continua tendo
Milícia e bicheiro e tráfico de drogas
Alô alô do governo, somos palhaços?
Até quando vão entregar tudo aos ricaços?
Quadrilha continua pagando fiança
Azucrinando o povo, comandando a massa
E continua dando as ordens do palácio

segunda-feira, 6 de abril de 2015

sábado, 4 de abril de 2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

sábado, 14 de março de 2015

domingo, 8 de março de 2015

sábado, 7 de março de 2015

Votou daquela vez como se fosse válido
Pagou no fim do mês mordomia política
E esperou no chão pela consulta médica
Esperneou em vão por educação pública
Gritou na contramão dos canais midiáticos
E apanhou de vez do sistema oligárquico
Chorou porque morreu feito pobre histriônico
No mapa do Brasil país todo de crédulos

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

domingo, 22 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Narr(ativa)

Amava tanto a ficção
que conheceu uma narrativa
cheia de enredos e reviravoltas
e com ela se casou.
Novas narrativazinhas então nasceram
e puseram-se de pé
─ narravam-se autônomas
A realidade
Deus ex machina
─ ciumenta e traiçoeira ─
com sua cegueira
não conseguiu dar ao amor
ponto
final.
Acrescentou à narrativa
tão-somente
...

sábado, 7 de fevereiro de 2015

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Brasileira é barba.
Não desiste de crescer,
mesmo contra tudo.
Que sina
não cheiro mais cocaína
E sem nenhuma vergonha
parei de fumar maconha
No entanto mentir é meu vício
e assim vou vivendo sem compromisso

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

sábado, 17 de janeiro de 2015

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Coisa de Exu

2015: 2 + 0 + 1 +5 = 8
:2
=
4
Crianças me tiram
do sério. Ainda bem!
Prefiro mistério.

Querida Ana,

fizeram de tudo para nos separar. A sociedade pequeno-burguesa, hipócrita e apegada às caretices burocráticas de um mundo sem sentido, não podia compreender, muito menos aceitar nosso amor. Eu, casado e pai de três filhas. Você, mãe solteira, com uma prole do tamanho do mundo, cada filho de um pai diferente, e ainda por cima cheia de amantes. E quem não ama nessa vida, Ana? Que se ame muito, e se são muitos que te deixam feliz, quem sou eu para reclamar. Aguardo na fila a minha hora de ser teu. Se são muitos que te deixam feliz, feliz fico igualmente. Também te amo, também te quero, preciso de você, por isso lutei contra tudo para continuar ao seu lado. Minha mulher há de compreender. Ou se resignar, pouco importa, a essa altura dos fatos.
Ana, torno público o que até bem pouco tempo era imponderável. Serei pai de um filho teu. Mais um, por que não? Você me completa. Sei que não gosta dessas cartas melosas, mas dane-se, escrevo para você publicamente porque não posso falar contigo nesse momento, provavelmente está em outros braços. Goze. Grite. Minta. Diga que foi pensando em mim. Ao menos na ficção estaria contigo agora, liberto dos grilhões da convenção daquelas pessoas na sala de jantar. 
À noite passarei aí. Você vai dizer que já nos vimos de manhã, mas hoje serei eu a ditar o ritmo das coisas. A cadência será minha. Abra-se e regozija-se, mas sob meu diapasão. Não escrevo mais, aconteço.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Zangada,
se queixa que não lhe dedico mais poesia
Coitada,
ainda não se deu conta de que é a própria poesia

O Quintal

Mangueira carregada
sombreia galinheiro.
Tomate berinjela
pimentão limão
plantas flores grama
sol sombra céu vento
emolduram brinquedo
das crianças.