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domingo, 31 de julho de 2016

Do Amor - cena IX

Diante de estranhos
desnuda-se
e revela não o corpo,
mas a alma sofrida,
retalhada, ainda não
cicatrizada.
A todos expõe
o quão baixo chegou
apenas para dizer:
"Ainda vivo e vale a pena"

quarta-feira, 27 de julho de 2016

HERANÇA MATERNA

para não afligir os seus
nem palavras nem imagens
nada de gritos

lágrimas são fugitivas

resta violência
(   )
e
silêncio

Do Amor - cena VIII

A psiquiatria era a vida dela.

Apaixonado pela alienista
fez-lhe um mimo
- enlouqueceu

Atenta a seu ofício
depositou o marido doidivanas 
num manicômio

Ele seguiu loucamando
mas a vida dela era a psiquiatria - contra pathos não há pathos

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Do Amor - cena VII

Com zelo e esmero
podava, irrigava, floria
o jardim - 
local do seu
enterro
onde
desabrocharia
e(n)fim

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Do Amor - cena VI

Em busca apenas de sexo barato
prazer imediato para uma vida
mediata
tornou-se pai para todo o
sempre

terça-feira, 5 de julho de 2016

Do Amor - cena V

Apenas por caridade
as letras se juntaram todas e formaram
palavras
frases e parágrafos - texto para o regozijo do estúpido autor

Somente as letras sabiam

porém
que não diziam nada

segunda-feira, 4 de julho de 2016