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sábado, 27 de dezembro de 2014

Rasga-mortalha: poemas dos outros

Penso que é muito pouco dizer que um livro é bom ou ruim; se gostei ou não da leitura. Seja qual for o caso, uma justificativa deve e merece ser dada. Dito isto, me vejo em problemas. Paradoxalmente, por melhor embasada a crítica que se escreva sobre a obra, será ela nada mais do que outro texto, distante daquele que o motivou, ainda que mantenha o diálogo. Em uma palavra, apenas o livro é capaz de se apresentar e responder as questões que ele próprio suscita. Portanto, para não incorrer em possível academismo improfícuo ou para não diminuir o que Rasga-mortalha: poemas dos outros, de W.B. Lemos, tem de instigante, sugiro sua leitura enfaticamente para aqueles que gostam de poesia.

Para não me estender, outro problema o autor, que também responde pelo pseudônimo de Esperando Leitor, apresenta: com a publicação de Rasga-mortalha, invertem-se os papéis. Agora, nós, leitores, outroficados, estamos a esperar novos poemas outros. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Do som vem Jimi Hendrix
- afinal é esta uma noite de sexta-feira
ainda que pós natalina.
Acordes e solos abafam o silêncio profundo
de um apartamento
vazio
de 
crianças.
O silêncio
por seu turno
emudece a
saudade - a gritar
dizem que ela existe pra ajudar
dizem que ela existe pra proteger
eu sei que ela pode te matar
eu sei que ela pode te foder

milícia para quem precisa
milícia para quem precisa de milícia

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Deus é um cara gozador, adora brincadeira
pois me fez impaciente, com filhas arteiras
três Marias bem bonitas, todas bagunceiras
que eu amo mais que tudo, de forma certeira

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Autorretrato

Com um pé na porta
entrei no mundo numa segunda-feira
um pouco depois das 23 horas
na Praça Mauá
em meio aos meus iguais
no dia do samba

Carioca
da
gema
inconteste

Rebelde e do contra,
nasci branco, loiro e de olhos azuis