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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Aprofundar posteriormente

"Apenas há rumor, que desvencilha e marca o lugar da escritura como um esmaecimento do sentido, uma destituitção da fala, da verdade. O sentido em estado de vigília, ausente do sono, propicia, por isso, a ausência de si, na interpretação impossível de si. O que também quer dizer, desviando-se, que o sentido, fora da intepretação, é um falar de si que se diz para fora de si, frente ao outro que agencia um estado de escritura. Velar um corpo, velar à noite. O ensaio é, nesse sentido, o limite mais atual da experiência, que apaga, que desvela o sono. Portanto, sendo uma pintura de si, é antes um mascaramento em perjúrio sobre a norma - antidogma - do discurso científico, do saber constituído a partir de todo um fora. (...) Ora, o ensaio é um lugar dessa justiça que sempre se pede perdão, por se estar velando, mascaradamente, o outro a partir de si mesmo.(EYBEN, Piero. Anarquia do ensaio (entre experiência e desastre) p. 97-8; 100. In: Estudos neolatinos. Vol. 13. No prelo.)

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