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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Espiral


Marcar palavras.
Traçar uma linha dentro
de um caderno espiral
e abrir caminho para possibilidades
tantas, inexatas.
Na folha, frente e verso,
Converso imerso com leitores incertos.
A tinta pinta uma cicatriz
no branco raso que a caneta rasga
e deflagra alter-egos adormecidos
pois o fluxo segue com uma direção,
duas, todas, quantas.
Segue sem sentido
perdido, iludido a cada leitura
por olhos míopes, vesgos, olhos.
A prateleira e a poeira
velam por ti
enquanto as traças dão a certeza.

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