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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pontapé inicial

Blog pronto, vamos trabalhar. Hoje me inscrevi, como ouvinte, em duas disciplinas no curso de doutorado em literatura comparada na UERJ. A primeira é oferecida pelo Roberto Acízelo, Emergência da estética e transição do conceito clássico de letras para o moderno conceito de literatura. Este curso muito me interesse porque tenho um quê beletrista e, apesar de trabalhar com literatura contemporânea, acho-a esteticamente muito pobre. Dito de outro modo, tendo a considerar "literatura" apenas nossos escritores canônicos, como se a produção atual fosse tarefa que qualquer um pudesse fazer. Como diria Bernardo Carvalho, a arte deve ser exceção. Essa coisa que qualquer semiletrado sai por aí publicando e se autodenominando autor precisa ser repensada. Ou eu devo repensar minhas ideias conservadoras, afinal, como a Ana Cláudia afirma, não devemos pensar a produção contemporânea à luz de teorias, estéticas e ensinamentos passados. A questão é: o que faz com que textos nada consistentes recebam o status de obra literária, de obra de arte? É aí que entra o curso do Roberto. Agora, a meu favor, se qualquer um pode escrever, publicar e receber resenha no prosa e verso, vou entrar nessa também, por que não?
O segundo curso é Sem telos, entre ruínas: imagens literárias entre Hegel e Nietzsche, do Mario Bruno. Tenho, na minha formação, uma lacuna enorme de leituras filosóficas, e pretendo começar a supri-las, por isso a inscrição. Como a Diana Klinger, durante a sua fala na minha defesa da dissertação, se queixou da equivalência dos termos "realidade", "real" e "verdade", dizendo, com razão, que eu não poderia utilizá-los como sinônimos, aí vou eu tentar entender um pouquinho mais de filosofia. Afinal de contas, não fica nada bem um doutorando sem embasamento filosófico, não é verdade?

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