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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cal(eu)doscópio

Este blog visa a registrar minhas atividades acadêmico-literárias, a mostrar apenas esse eu. Acontece que um outro eu veio empecilhar meu universo literário e, por conseguinte, o blog. Terça-feira não pude ir à aula e nem poderei ir amanhã novamente, sem falar de minhas demais atividades, acadêmicas ou não. Nada mais justo que eu abra, portanto, algumas poucas linhas para explicar o recesso (espero que breve).
Depois de 35 anos de excessos de todos os tipos, desde os gastronômicos, passando pelos etílicos, pelos narcóticos e pelos orgiásticos, chegou o momento de pagar a fatura. Ela tarda, mas sempre chega. A última cobrança me levou, durante o último mês, a uma série de complicações de saúde bastante dolorosas e desagradáveis. Meu fígado está comprometido e minha vesícula deixei ontem no hospital, depois de uma cirurgia que, honestamente, pensei que fosse ser mais tranquila. Pelo menos foi o que todas as pessoas conhecidas e amigas e irresponsáveis como eu me afirmaram a respeito. Vida normal no dia seguinte, não se preocupe, disseram-me unânimes. No meu caso, além de estar ridículo, com toda a barriga raspada, sinto dores horrorosas e não consigo ficar nem ereto nem deitado. Tirei licença de alguns dias para me recuperar, na esperança de segunda-feira retomar minha rotina.
Da minha rotina pretendo eliminar os excessos, afinal não tenho mais 25 aninhos. Agora sou um homem responsável (?!), pai de duas crianças e chefe de família. Não dá mais pra viver uma vida desregrada, sem hora pra nada, com o lema adolescente sexo, drogas e rock and roll. Pois é, encaretei, a idade chegou e, mesmo antes dos 40, já estou em crise. Com uma vesícula a menos. Será só mais um susto que, ao passar, me conduzirá para os desatinos de antes? Não sei, pausa para balanço.
Até segunda-feira, pelo menos, todos os eus irão descansar, a menos que, rebeldemente, como me costuma chamar a Elisa, eu mude de ideia.

Um comentário:

  1. não sei porque, mas eu tenho quase certeza de que você mudou de idéia. ;)
    querido, feliz de quem tem as marcas da vida no corpo/alma, sabe? é bom, quase sempre, olhar algumas cicatrizes: sinal de vida!
    um dia tb perderei a vesícula, sabia? ando adiando isso... rs
    beijo com carinho nocê.

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