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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Luiz Costa Lima: uma obra em questão

Não tenho a menor pretensão de escrever, quase meia-noite, depois de um dia cansativo, um texto capaz de contemplar o pensamento de Costa Lima - aliás, esse é um ponto negativo dos blogs, tipo de escrita rápida que não permite um tratamento mais depurado do texto, cujo resultado assemelha-se muito a uma crônica, escrita no calor da hora para ser também lida no calor da hora. Mas aproveito a ocasião para, seguindo o exemplo do teórico, instigar-me a pensar, espécie de exercício de atividade erótica.
Para Costa Lima, foi a pergunta infantil de seu filho - o que é ficção? - que o motivou a encontrar respostas e a pensar a questão do ficcional. No meu caso, a motivação é outra, mas talvez a obstinação seja a mesma. Desde 2007 que busco compreender a literatura contemporânea e já consegui responder algumas questões, mas percebo que o trabalho ainda está no início e muito há o que investigar. Por que a primeira pessoa é tão comum na prosa de ficção da atualidade? Que subjetividade é expressa através desse eu que narra suas vivências? Por que os diários secretos ganharam nova configuração e hoje são exibidos virtualmente? De onde vem a necessidade em se mostrar? E a de espionar? Quais são as consequências estéticas dessa nova forma de escrita? Etc. etc. etc. Agora já é mais de meia-noite e finalizo dizendo que este post não vai responder a nenhuma dessas questões, mas apenas servir-me para registrar, diaristicamente, minha presença no debate de hoje à noite na UERJ, afinal os diários agora são virtuais e a nossa intimidade está aberta a visitações.

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