
Isso não seria nada demais, vocês hão de concordar. Por que a leitura de um texto, de conhecimento prévio dos participantes, suscitaria algum alvoroço? Não foi o texto, no entanto, que tornou o desfecho do simpósio sensacional. Foi a leitura. Em pé, com a interrogação estampada na camisa diante de todos, Gustavo mal conseguia ler, a voz embargada pela emoção, a respiração ofegante, alguns segundos mais extensos para controlar o choro iminente. Particularmente, também me emocionei, e desconfio que todos os presentes se contagiaram com a emoção do Gustavo.
Nesse momento refleti que se um evento acadêmico consegue despertar, num acadêmico, tamanha emoção, nada está perdido e podemos e devemos seguir em frente. O texto em si é um bom texto, mas insuficiente para ocasionar tal comoção em alguém que não estivesse, como o Gustavo, envolvido diretamente com a organização e com os estudos em torno de Flusser. Ele procurou escrever uma ficção para homenagear o homem-rio, que não permite "que ninguém mergulhe duas vezes nas suas palavras". A academia se mostrou hoje um espaço onde homens ainda se emocionam, ainda carregam a emoção à flor da pele, ainda se mostram vulneráveis e... humanos. Continuemos, pois.
Perdi! Pena!
ResponderExcluirRespondi à sua pergunta/dúvida no blog.
Depois passa lá.
Abração